Mediar à relação que as crianças estabelecem entre si talvez seja a principal ação do educador se tratando de atividades recreativas bem direcionadas para crianças em idades escolares. Como assim? O educador auxilia o processo de desenvolvimento das capacidades infantis, tais como: tomadas de decisões, construção e apreensão de regras, cooperação, diálogo, solidariedade etc. Assim, o educador favorece o desenvolvimento de sentimentos de justiça e atitudes de cuidado que a criança passa a ter consigo mesma e com as outras pessoas. Diante disso, TEIXEIRA afirma que:
“Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar como parte integrante da atividade educativa. Brincar é uma situação em que a criança constitui significados para assimilação dos papéis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio, bem como para a construção do conhecimento.”
(2010, p 44)
Portanto, o educador participa das atividades recreativas, além de organizá-la, observá-la e avaliá-la. Para isso, o processo de observação das crianças durante as atividades torna-se fundamental. O educador, quando considera a criança um ser ativo em seu processo de desenvolvimento, faz a mediação entre ela e seu meio, podendo utilizar recursos como: materiais, brinquedos, atividades plásticas, músicas etc. Mas atenção: é fundamental e de extrema importância o modo pelo qual o educador se relaciona com as crianças. O educador deve interagir com a criança de modo a ser um facilitador, interventor, problematizador e propositor de novas idéias, espaços e brincadeiras, levando em conta as reações das mesmas e as encorajando em seus modos de brincar e de compreender o mundo. Assim, o educador e as crianças, juntos, poderão transformar e descobrir diferentes modos de se relacionar. Quando o educador compartilha uma brincadeira ou jogo com a criança, ele pode ajudá-la a enfrentar eventuais insucessos, estimular seu raciocínio, sua criatividade, reflexão, autonomia etc. Isto quer dizer: quando o educador tem intenção de brincar junto com a criança, pode criar diversas situações que estimulem o seu desenvolvimento, sua inteligência e afetividade. Cabe ao professor criar situações adequadas para provocar curiosidade na criança e estimular a construção de seu conhecimento. Pode-se perceber nesse momento, a importância de proporcionar à criança a vivência de situações concretas com jogos diversos e múltiplas atividades que favoreçam a construção de um ambiente estimulador e atraente. A tarefa essencial do educador deve estar voltada para seduzir o aluno, para que ele deseje e, desejando, aprenda. Neste sentido, se tratando do brincar, Alves (2008, p. 42) defende que:
“É brincando que a gente se educa e aprende. Alguns, ouvindo isso, pensam que quero tornar a educação coisa fácil. Coitados! Não sabem o que é brincar! Brinquedo fácil não tem graça. Brinquedo, para ser brinquedo, tem de ter um desafio”.
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