Os Jogos Cooperativos surgiram com a constante valorização dada ao individualismo e a competição das quais foram condicionadas e aprendidas como única e melhor forma de caminho existente. Recuperar o papel socializador dos jogos e brincadeiras nas escolas pode ser uma opção para propiciar novas formas de relações sociais. Os Jogos Cooperativos servem para nos libertar da competição, e derrubar o mito que é a competição que nos faz evoluir. Seu objetivo maior é a participação de todos por uma meta comum. A agressão física é totalmente eliminada, cada participante estabelece seu próprio ritmo, todos se enxergam como importantes e necessários dentro do grupo. Aumentando a confiança e auto-estima. Reforçando essa idéia, Soler (2003) afirma que:
“No jogo cooperativo cada aluno é responsável por contribuir com o resultado bem-sucedido do jogo. Isso faz com que os alunos se sintam co-responsáveis e co-participantes. Logo, o medo de ser rejeitado pelos outros é eliminado, aumentando o desejo de se envolver, fazer parte do grupo”.
Durante as aulas de Educação Física é extremamente importante que seja trabalhado temas como os jogos cooperativos, pois estes são fundamentais para que se desenvolvam processos de formação social, afetiva, cultural. Priorizando, assim o pleno desenvolvimento da cidadania. Lembramos também que existem alguns paradigmas diante dos jogos cooperativos, pois alguns educadores acreditam que tais jogos sejam a solução para os problemas de ordem social e de conflitos dentro da escola. E como sabemos estes jogos não atuam como única saída para estes problemas. Eles servem, muitas vezes como facilitadores para que sentimentos cooperativos surjam durante uma atividade prática. Um exemplo clássico dentro da Educação Física é o caso daquele aluno “fominha”, ou seja, aquele que no futebol ou qualquer outro esporte coletivo, gosta de fazer tudo sozinho e não socializa a atividade. Através de uma pequena adaptação cooperativa, que aqui preferimos chamar de jogos semi-cooperativos, a regra principal é: quem fizer o gol, troca de time! Talvez este aluno citado não se dê conta da importância de estar trocando de time, mas nós sabemos o quanto está sendo necessário que ele ajude tanto um time quanto o outro. No final, quem venceu? Não importa, o mais interessante foi à participação ativa de todos e que “ares” de camaradagem e cooperação surgiram dentro do jogo.